Mãe
Dos teus genes sou portador.
A ti devo a minha existência
Amiga, apoiante e protetora.
Vestes-me de carinho e irradias paciência.
No teu ventre me carregaste.
No teu colo, sopras-me de afetos.
Amor como o teu não sofre desgaste.
És cofre de confidências e de acontecimentos secretos.
Amo-te até o meu coração não poder mais.
Todos os meus beijos não são demais
Para a minha mãe, grande heroína!
A minha alegria acabará quando deixares o mundo terreno.
Mas continuarás a ser o meu sol, com o teu brilho sereno.
Acredito que o teu sofrimento acabará, quando morares na casa divina.
Simão Loureiro - 8.º ano de escolaridade
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Saudades de uma estrela
Em
algumas noites de chuva,
Em que
a água cai e bate na janela,
O sentimento
de solidão preenche-me
E eu
aconchego-me nos lençóis de flanela.
Quando
o céu revela as estrelas,
Tento
falar para ti.
Queria
dizer que te amo,
Mas sei
que não vais ouvir.
Então
deito-me e choro baixinho.
Queria
poder ter-te comigo.
Sei que
não te dei valor quando pude,
O teu
abraço era o meu melhor abrigo.
Se
pudesse ter-te comigo,
Eu com
certeza buscar-te-ia agora.
Queria
estar perto de ti,
Nem que
fosse só mais uma hora.
Eu
devia ter-te amado,
Sei que
não te dei o devido valor
Mas
agora carrego uma punição,
Todos
os dias com esta dor.
Será
que me deixam ver-te?
Só mais
um bocadinho…
Em muito
irei valorizar-te
E dar-te
todo o meu carinho!
Inês Loureiro - 11.º ano de escolaridade
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Ser
É
como se fosse a dor...
Coisa
igual ao amor!
É
como se fosse a morte...
Neste
todo meu suporte!
É
como se fosse a vida...
Que
para ser feliz me convida!
É
como se fosse o mar...
Ir
com cana e não pescar!
É
como água escorregadia...
Sacia
e muito me irradia!
É
como se fosse o ser...
Andar
aqui para muito viver!
É
como aquilo que é...
Ser tudo, ser fé!
José Luís Truta - 12.º ano de escolaridade
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Um lúcido silêncio
Descobri que…
O tempo partilha os meus
sapatos
O tamanho é o mesmo
A distância é igual
Descobri que…
És o terreno largo
Que gosto de olhar
Sou o retrato guardado
No fundo do teu olhar
Somos
amantes sem dinheiro
Quando o temos em silêncio
Compramos um pouco de lucidez
Para nos olharmos
somente
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