O que distingue o “eu” do “tu”? O que distingue um português de outro qualquer? O que une a nossa nação? Cada pessoa tem os seus genes. Irrepetíveis, únicos. Somos todos diferentes, mas há algo que nos une enquanto nação: a nossa identidade.
Quando se pensa em Portugal, é de imediato feita uma associação ao Cristiano Ronaldo. Seria irrealista dizer o contrário. À Amália? Talvez, para os mais cultos. Um e outro e tantos outros uniram-nos ao mundo. Mas o que une os Portugueses? A língua. A língua portuguesa é uma das mais difíceis de aprender e de compreender. Até temos uma palavra só nossa: saudade. Não existe tradução em nenhuma outra língua do mundo. Temos também uma bandeira que nos representa, detalhadamente pensada e executada de modo exímio. Verde e vermelho, as cores que nos definem. Portugal pode ser também caracterizado pela sua diversidade geológica, que o distingue como um dos melhores destinos turísticos e seria imperdoável não mencionar a nossa gastronomia.
Mas será Portugal um paraíso? Que tal olharmos para o nosso país de outra perspetiva? Pandemia, invasão da Ucrânia, inflação. Fechamos os olhos. Voltamos a abri-los. O mundo deu uma volta completa, encontra-se virado do avesso e Portugal não consegue retomar a posição inicial. Governo, justiça, escolas. Portugal está a afundar cada vez mais. Aos olhos de um português? A situação não é boa, mas podia ser pior. Ganho para sobreviver, porquê ganhar para viver? Contento-me com o que tenho, porquê arriscar e querer mais e melhor?
O que define afinal um português? A rica e vasta cultura construída e conquistada por um povo sonhador e lutador? Ou a submissão, o marasmo e a passividade que caracterizam um povo de ombros caídos, indiferente e conformado? É necessário conservar a identidade nacional e fazer prevalecer aqueles que são os nossos valores e princípios, que nos definem enquanto nação.
Ana Beatriz Xavier, 11C/D
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